
Vila desde 2001, Sandim teve outrora a moagem de cerais como atividade dominante, graças sobretudo ao Rio Uíma, afluente do Douro, que serpenteia o vasto território Sandinense. Na atualidade, a indústria e a construção civil são os sectores dominantes. Com uma dinâmica social e cultural assinalável, várias são as coletividades que impulsionam Sandim em diferentes áreas desde o teatro ao desporto. Recentemente, junto à Igreja Matriz datada de 1700, renasceu o seu Centro Cívico que oferece aos visitantes largos espaços verdes para os mais variados momentos de lazer.
Área: 15,97km²Sandim é a vila mais a sul do concelho de Vila Nova de Gaia. Encontra-se já no limite com o vizinho município de Santa Maria da Feira (distrito de Aveiro). Na sua origem, foi uma villa alti-medieval como várias outras suas vizinhas, como é o caso de Villa Meã, Villa Gendi, Villa Cova, entre outras. Por razões que se desconhecem, foi precisamente na Villa de Sandim que se formou a paróquia, ou seja, a sede da paróquia que posteriormente terá alargado a sua jurisdição e a dominância do seu nome às vilas limítrofes.
A Vila de Sandim é atravessada pelo Rio Uíma, afluente do Douro, que em tempos deu origem a uma árdua atividade da moagem de cereais, essencialmente milho. Hoje, ainda restam cinco moinhos (Gassamar, Chão de Moinho, Santa Marinha, Retorta e Arroteias), de rodízio, em funcionamento. O retrato Sandinense é o de uma vasta freguesia, onde o campo acaba por se impor. No século XIX, após a Revolução Liberal, em 1834, Sandim foi Concelho independente. O topónimo tem origem no germânico Sandini, Sendini, ou Sindini - nome próprio. Nas inquirições de D. Dinis, a então freguesia aparece como "Couto do Bispo do Porto" e, em 1527, como "Aldea do Couto de Vila Cova de Sandini". Esta designação conota-se com o Mosteiro de Vila Cova das Donas, dedicado a São Salvador. O convento estava subordinado ao de São Bento de Avé Maria, e terá sido mandado construir por D. Gundezindo, em cumprimento duma promessa feita aquando do nascimento de uma filha, que nasceu deficiente, julgando que o evento se devesse a castigo de Deus. Quando da extinção do convento, as últimas religiosas foram recolhidas no Convento de S. Bento de Avé-Maria, onde se localiza presentemente a estação do mesmo nome. Da primitiva construção ainda existe a capela-mor da igreja, relíquia preciosa onde se venera o S. Brás e a Senhora das Candeias, precisamente no lugar do Mosteiro.
A Igreja Matriz data de 1700. Terá existido, porém, uma outra anteriormente, da qual não restam vestígios, no sítio da Carvalhosa, um terreno de monte. A referida Igreja uma interessante fachada, e no interior e dependências anexas existem valiosas imagens dos séculos XVII e XVIII. Alguns dos 45 lugares da freguesia são muito antigos, como o dão a entender os seus nomes: Crasto, Gougeva, Sá, Mourilhe ou Mouril, Gende, entre outras. De referir ainda que se dispersam por Sandim várias casas abrasileiradas, construídas por habitantes de Sandim que fizeram fortuna no Brasil
Foi vila e sede de concelho até 1834. Era constituído apenas pela freguesia da sede e tinha, em 1801, 1 252 habitantes. Voltou a ter a categoria de vila a 20 de Julho de 2001. Era, territorialmente, a segunda maior freguesia de Vila Nova de Gaia já que a partir de 29 de Setembro de 2013, Sandim foi parte integrante da União das Freguesias Sandim, Olival, Lever e Crestuma.
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